quarta-feira, 25 de novembro de 2015

QUEDA DO PREÇO DESAFIA GIGANTES DA MINERAÇÃO

 A queda nos preços do minério de ferro, perto de mínimas em uma década, lança nova luz sobre as principais mineradoras e suas estratégias de produzir minério em níveis recordes. Ainda que os preços já estejam fracos há tempos, os temores de um excesso de oferta aumentaram nos últimos dias, após a divulgação de evidências de que há uma desaceleração na produção de aço da China, maior consumidora, de longe, de matéria-prima para a produção de aço.

A queda nos preços do minério de ferro ocorre em um momento ruim para grandes produtoras, entre elas a anglo-australiana BHP Billiton e a brasileira Vale, que contabilizam os custos do rompimento no início de novembro de uma barragem da Samarco, empresa que tem a BHP e a Valle como proprietárias. As duas companhias são as maiores produtoras de minério de ferro, ao lado da Rio Tinto.

O minério de ferro recuou para US$ 43,40 a tonelada na terça-feira, em queda de 12% neste mês e bem abaixo da máxima de 2011 de US$ 191, segundo dados da fornecedora de dados The Steel Index. A queda gera dúvidas sobre o sucesso da estratégia das companhias de manter a produção em níveis recordes, diante dos preços fracos.

A BHP e a Rio Tinto foram criticadas por alguns investidores e por concorrentes e também por parlamentares da Austrália, segundo os quais elas estão puxando os preços para baixo, ao produzir mais do que o mercado demanda. Em maio, o governo australiano avaliou a possibilidade de realizar uma investigação parlamentar sobre o tema, mas a ideia acabou arquivada.

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