O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ratificou nesta quarta-feira, em seu plenário, decisão da presidência do órgão antitruste que permite que a CSN indique dois membros titulares e suplentes para o Conselho de Administração da rival Usiminas, em assembleia marcada para a quinta-feira.
A decisão representa uma flexibilização por parte do Cade dos termos de acordo acertado entre o órgão de defesa da concorrência e o grupo siderúrgico de Benjamin Steinbruch e que impedia a siderúrgica de ter direitos políticos sobre os rumos da Usiminas.
"Essa medida é uma exceção. O que mudou? O mercado mudou. Há uma crise setorial e uma crise macroeconômica. Além disso, houve um aumento do conflito entre os acionistas controladores da Usiminas", disse a jornalistas o conselheiro Márcio de Oliveira Júnior. O conselheiro presidiu a sessão desta quarta-feira no lugar do presidente do Cade, Vinicius de Carvalho, que está fora do Brasil em viagem oficial.
"Havia o risco de não participação de minoritários no Conselho de Administração (da Usiminas) e essa participação é importante”, acrescentou Oliveira Júnior.
A decisão, porém, não foi unânime, mas aprovada por 3 votos a 2, incluindo, entre os votos vencedores, o despacho do presidente do Cade, Vinicius de Carvalho, favorável à flexibilização, que foi considerado como um voto.
Os conselheiros indicados pela CSN terão obrigações para garantir a independência. Eles terão, por exemplo, de entregar relatórios trimestrais com suas atividades, colaborar com as autoridades quando forem solicitados, não podem divulgar estratégias e informações confidenciais da Usiminas e não podem ter vínculos com concorrentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário